sexta-feira, 6 de agosto de 2010

O Stress do Árbitro de Futebol

O estádio estava lotado pois se decidia o título de campeão nacional de futebol. Houve um cruzamento na área e o avante do clube local, não alcançando a bola com a cabeça, desviou-a para as redes com a mão, sutilmente. O árbitro, bem colcoado, invalidou o gol e mostrou o cartão amrelo. Para o atacante.

Imediatamente ele e seus colegas cercaram o medidaor e o agrediram verbalmente. Apareceu, então, na mão direita do árbitro um cartão vermelho, indicativo de que ocorreu uma expulsão. Nos próximos segundos o campo está cheio de torcedores que tentam chegar até o apitador, mas são contidos por uma centena de policiais.

O quadro, lamentavelmente, não é de ficção mas de uma realidade que ocorre com freqüência nos estádios do mundo inteiro. Em alguns casos, mais dramáticos, a polícia não teve a oportunidade de agir, como em Córdoba quando um árbitro foi enforcado (Cagigal, 1976) ou como de Horacio Albar, na mesma localidade, morto a ponta-pés pelos 22 jogadores (ZH, 1980).

Espectadores, dirigentes, treinadores e atletas acusam, abertamente, os árbitros como maiores culpadors dessa escalada de agressão e violência que ocorre no futebol mundial. Os termos ladrão, vendido, burro, imbecil, incopetente e mal-intencionado, têm acompanhado, em geral, esses senhores que dirigem competições esportivas, isso quando não são agredidos fisicamente e eventualmente são vítimas de tragédias como relatadas acima.

Segundo Galeano (1995) “é a unanimidade única no futebol: todos o odeiam”(...) O único que não pode perder a cabeça nos esportes é o árbitro.

As 7 fontes de stress segundo Taylor & Daniel (1988) podem ser, em ordem decrescente:
1 Conflitos da função em relação a cultura,
2 Medo de falhas,
3 Conflitos Interpessoais,
4 Pressões relativas ao controle do tempo,
5 Preocupação com a forma física,
6 Conflito com os colegas,
7 Medo de lesões.

Taylor e colegas (1990) referem que a maioria dos árbitros tem dificuldade em lidar com as críticas e insultos dos atletas, treinadores, dirigentes e espectadores. Essa dificuldade é fundamental para o surgimento da idéia de abandono da carreira. Como os mais jovens têm mais dificuldades com esse fatoe, apresentam um índice de abandono maior que os experientes.

CONCLUSÃO:
Algumas habilidades para o sucesso da carreira do árbitro, como capacidade de modular sua ansiedade, de rever seus erros, preparação física e técnica não são suficientes, segundo alguns experts, pois um importante fator para o sucesso da atividade do árbitro é o talento.

Fonte: http://www.professorrafaelporcari/

Nenhum comentário:

Postar um comentário