domingo, 5 de setembro de 2010

O único padre árbitro atuante no mundo


O padre cearense, Carlos Sulino, atua como árbitro de futsal e futebol society.
Mesmo neste século de revolucionárias tecnologias, novos hábitos e costumes, a religião mantém sua força e tradição, e a figura do padre inspira respeito, conta com a obediência dos párocos, e sua opinião é acatada, principalmente nas cidades do Interior. Por outro lado, no esporte, o árbitro de futebol é uma personalidade investida de autoridade e que precisa impor respeito nos gramados e quadras, mas dificilmente consegue, entre os torcedores presentes nos jogos, unanimidade após ter concluído seu trabalho.

Porém, na cidade de Umirim temos um caso inédito de vocação religiosa e amor ao esporte. Indiferente às controvérsias que possam surgir entre pessoas menos avisadas, o padre Francisco Carlos Sulino Pinto, atual pároco da igreja de Nossa Senhora da Natividade, nessa cidade de 19.000 habitantes, também exerce as funções de árbitro de futsal e futebol soçaite, como integrante dos quadros dessas duas federações, após ter realizado cursos oficiais de arbitragem.

“Como não tinha habilidade nem competência para jogar, e tampouco era o dono da bola, então me colocavam para apitar, na hora dos rachas”, explicou o padre Carlos Sulino. Isso ocorria na época de adolescente, em Canaã. E prosseguiu o padre Carlos: “A partir daí, fui tomando gosto pela função, apitando jogos de futebol de campo. Comecei a estudar e conhecer melhor as regras, até me espelhando no árbitro Luiz Vieira Vilanova”.

VOCAÇÃO - Paralelamente à atividade de árbitro, o jovem Francisco Carlos Sulino Pinto, que desde criança desejou seguir a vida religiosa, mantinha a vontade de se tornar padre. E, aos 17 anos, isso no ano de 1988, Carlos, que já atuava como catequista em Canaã, ganhou do padre espanhol Tomás Fellil um manual de regras de futebol de salão, para também se aprofundar nas regras desse esporte.

Mas os cuidados com a vocação religiosa perduravam, e em 1989 tomou a decisão de ingressar no seminário. Com a ajuda do padre Francisco Neto, vigário de Apuiarés, e o padre Edvaldo, vigário de Canaã, o jovem Carlos ingressou no seminário de Itapipoca, no ano de 1990. Nesse seminário, ficou até 1993, vindo para o seminário de Filosofia, em Fortaleza.

Em 1994, o diretor da Federação Cearense de Futebol de Salão (FCFS), Antenor Ferreira, levou o ainda seminarista Francsco Carlos para trabalhar como anotador nas competições da FCFS. “Mas a vontade era de apitar”, frisou o pároco de Umirim. ‘‘E em 1995 fiz o curso de arbitragem da FCFS, e fui efetivado no quadro dessa entidade”, concluiu o padre Carlos.

ORDEM - No ano de 2000 o seminarista Francisco Carlos Sulino Pinto, que já era aluno do seminário da Prainha, era ordenado padre secular, na Ordem Diocesana. E a primeira paróquia onde atuou foi em Juritiânia, na cidade de Acaraú, no período de 2000 a 2001.

Em seguida, foi indicado para ser pároco em Umirim, onde vive, hoje, com a mãe e uma irmã na casa paroquial, que fica próxi ma à igreja de Nossa Senhora da Natividade.

“Logo no início, quando comecei a apitar jogos na região do Vale do Curu, e em Umirim, algumas pessoas pessoas da comunidade estranharam. Mas agora todos estão acostumados a me ver celebrando missa e também atuando como juiz nas competições de futsal e futebol soçaite”, disse o padre Francisco Carlos.

O pároco de Umirim já lecionou Geografia e História na Escola Nossa Senhora das Mercês e Teologia e Direito Canônico no Instituto Teológico de Itapipoca. Em março, vai ao Rio, para fazer mestrado em Direito Canônico.

Fonte: Associação Cearense dos Árbitros de Futsal.

O mais inclivel é que o nome da associação é a mesma da nossa; ACAF

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